Representantes do audiovisual querem regular streamings no Brasil para obrigar a exibição de conteúdos nacionais
Frente do audiovisual defende preservação de propriedade patrimonial, cotas para conteúdo brasileiro e fomento a obras nacionais.
Representantes da indústria audiovisual independente querem regular as plataformas de streaming no Brasil. Nos próximos dias, a Frente da Indústria Independente Brasileira de Audiovisual (Fibrav) tem reuniões marcadas para apresentar sua defesa em relação à proposta.
Numa das audiências, a Fibrav falará diretamente com o vice-presidente Geraldo Alckmin. O grupo defende:
- que o governo e o Congresso garantam a propriedade intelectual e patrimonial das obras para os produtores brasileiros independentes;
- a criação de cotas para conteúdos nacionais nos catálogos das plataformas;
- o fomento direto à produção de conteúdo brasileiro independente.
Em streamings como a Netflix e a Amazon Prime, cerca de 6% do catálogo são de produções brasileiras, segundo a Fibrav.
Nesta quarta-feira, representantes da frente participam, a partir das 14h, de audiência pública na Comissão de Educação e Cultura do Senado sobre a regulação do streaming no país.
A proposta para as plataformas de streaming segue o modelo da lei 12.485. Sancionada em 2013 por Dilma Rousseff, ela obriga canais de assinatura a exibir, em horário nobre, filmes nacionais e produções independentes.
Apesar do esforço para exibir conteúdos nacionais, o cinema brasileiro não vem desempenhando bem
Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), na última década foram lançados cerca de 650 documentários. A média de pessoas que assistiram a cada um desses documentários é de 5.600 pessoas. E o total de pessoas que viram todos esses filmes na última década foi de 3 milhões e 700 mil.
Além disso, o meio digital proporcionou uma facilitação para o cinema brasileiro em termos de produção e custos.
O cinema brasileiro bateu recorde em 2013, com mais de 127 longas-metragens que chegaram às telas, 9 dos quais granjearam mais de 1 milhão de espectadores, enquanto 88 foram vistos por menos de 10 mil pessoas, de acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional do Cinema.
Dados que expõem o percurso que tomou a história do cinema brasileiro.
A realidade que os dados apontam é de que o cinema nacional ainda desperta pouco interesse, principalmente por tratar temas distantes do imaginário popular, e é dependente de incentivos do Estado para se manter vivo.
Incentivos estes como a Lei Rouanet, criada em 1991, que destina verbas da União Federal para projetos de fomento da cultura, incluindo o cinema.
Um dos filmes contemplados foi “Rita Cadillac: a Lady do Povo”, 2010, de Tony Ventura. Arrecadou 510 mil reais por meio da lei de incentivo. Sua bilheteria, no entanto, foi de R$26.515,10, arrecadados com os 2.891 espectadores.
Basicamente, os impostos do contribuinte são destinados a filmes que pouco despertam interesse. Eis a lista de produções malogradas:
- “Chega de Fiu Fiu”, 2018, público 1.048 pessoas;
- “Espero tua (re)volta”, 2019, público 2.834 pessoas;
- “Meu corpo é político”, 2017, público 2308 pessoas.
Os mais de 650 documentários lançados no Brasil nos últimos 10 anos têm uma média de público de 5.600 pessoas.
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