Em uma decisão inédita na história política de Terra Nova, o mandato do vereador Nilton Vinhas (Republicanos) foi suspenso em sessão sigilosa realizada na tarde desta quarta-feira (05) pela Câmara Municipal. A medida coletiva foi tomada após o parlamentar ser acusado e preso preventivamente por estupro de vulnerável, crime que teria sido praticado contra uma adolescente de 12 anos.

De acordo com informações obtidas pela Agência HDP, a reunião foi conduzida com caráter reservado, respeitando os protocolos legais e éticos do Legislativo. A decisão teve como base a Lei Orgânica do Município e deve passar a valer oficialmente após a publicação no Diário Oficial do Legislativo.
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Durante o período de suspensão, o vereador fica impedido de exercer qualquer função parlamentar e não receberá remuneração, conforme prevê o regimento interno da Câmara. O afastamento pode ser prorrogado ou convertido em cassação definitiva, a depender do andamento das investigações e das deliberações posteriores da Casa.
O suplente assume o cargo
Com o afastamento de Nilton Vinhas, o cargo será ocupado pelo suplente Kaiqui Santos de Oliveira, também do Republicanos. O novo parlamentar deve ser convocado oficialmente nos próximos dias.

A chegada de Kaiqui ao Legislativo chama atenção por um aspecto simbólico que vem sendo comentado há anos entre pessoas próximas: antigos relatos, feitos ainda em ambientes religiosos, apontavam que o jovem ocuparia uma cadeira na Câmara em algum momento de sua trajetória pública.
Embora o desfecho tenha ocorrido de forma inesperada e em meio a um episódio delicado, a coincidência tem despertado reflexões na comunidade local sobre o curso dos acontecimentos políticos da cidade.
Sobre o caso
O vereador Nilton Vinhas foi preso no dia 22 de outubro, sob acusação de ter abusado de uma menina de 12 anos em um conjunto habitacional do município. Segundo o inquérito, o político teria atraído a vítima com a promessa de entregar uma cesta básica e, durante o trajeto, oferecido dinheiro para manter relação sexual.
O caso gerou forte repercussão na cidade e segue em investigação pelas autoridades competentes.
Com a suspensão do mandato e o suplente prestes a assumir, a Câmara de Terra Nova vive um dos capítulos mais marcantes de sua história recente — um momento que, além de jurídico e político, também desperta discussões morais e sociais sobre o papel público e a responsabilidade dos representantes eleitos.
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